Lourdilene Souza

Olá pessoal, sejam bem vindos!

A Professora +Marianne Kogut Eliasquevici da disciplina de Informática e Sociedade, pediu que minha turma narrasse uma situação vivida em 2030, então eis o que escrevi:

Foram realmente dias construtivos, tanto do ponto de vista de crescimento pessoal quanto profissional, a cultura local é bastante diferenciada, porém, bastaram-me alguns dias para admirá-la. Me senti um pouco frustrada na primeira reunião com investidores japoneses, pois quando comecei a falar dos negócios, dos ganhos que ambos obteriam, os japoneses simplesmente abaixaram a cabeça e fecharam os olhos enquanto eu falava, meu tom de voz era bem enérgico com o objetivo de chamar a atenção para o que eu dizia, mas, aparentemente eu estava fazendo as pessoas dormirem, fiquei bastante frustrada e até um pouco chateada pois percebi o fato de dormirem na minha frente, uma falta de consideração enorme. Um amigo que me acompanhava na reunião informou-me que faz parte da cultura japonesa, em reuniões de negócios, fechar os olhos e abaixar a cabeça para se evitar distrações visuais e concentrar-se apenas na essência das palavras.
Estava muito focada em outros aspectos e não me atentei em procurar conhecer um pouco a cultura local, muito embora recebia muitas informações do aplicativo mobile para turistas.

No meu retorno para casa, percebi o abismo, em termos de tecnologia, que ainda separa países desenvolvidos e subdesenvolvidos, os juros para importação de produtos ainda se mantêm altos, impossibilitando dessa forma, a aquisição de bens tecnológicos mais sofisticados por grande parcela da população brasileira. 

Decidi aproveitar a viagem para fazer um comparativo em vários aspectos entre Brasil e Japão, para tanto, decidi ativar o modo de transparência para o piso, teto e parede, desta forma, pude admirar os desenhos que as nuvens formavam e desfrutar da paisagem e refletir.

Aquela sensação quase real de poder tocar nas nuvens foi fascinante, porém, não sei dizer porque, mas de repente me veio uma súbita vontade de correr na praia, admirar o mar, justamente quando eu estava há uma grande distância dele. Então desativei o modo transparência e solicitei um óculos de imersão gráfica, muito comum em 2030, item muito presente entre os jovens japoneses, entretanto no Brasil, uma pequena parcela da população goza do privilégio de utilizar um equipamento deste.

O óculos de imersão gráfica, possibilita criar a simulação de qualquer cenário virtual, para aqueles menos criativos, pode-se escolher alguns ambientes previamente configurados no aparelho, no meu caso, já tinha uma paisagem e pessoas em mente. A partir de inúmeras pesquisas, foi possível desenvolver um aparelho que estimula todos os sentidos, a partir do mapeamento de padrões de ondas cerebrais, ou seja, ele realmente potencializa sua imaginação de forma a confundi-lo com uma ação real.

Existem tantas distrações no avião que o tempo de viagem foi quase imperceptível. Em contrapartida, no dia seguinte a minha chegada, me dirigindo ao meu local de trabalho, percebo que enfrentarei um longo engarrafamento pela frente, está um verdadeiro caos, tanto o trânsito terrestre quanto o aéreo. Então decidi ativar o piloto automático do carro para realizar testes para o novo Software da empresa. Com um comando de voz solicitei que fosse iniciado os testes do Software, porém, o computador respondeu em alto e bom tom que os testes já haviam sido realizados e que os novos cenários de teste foram gravados. Não recordava de ter executado esses últimos testes, perguntei ao computador quem havia realizado os mesmos. Ele respondeu-me que enquanto eu dormia, Charles, de posse de várias informações e detentor de um processador capaz de executar algoritmo de redes neurais e inteligência artificial, realizou o cruzamento de informações e percebeu o teste como sendo necessário e por tanto o pôs em prática.

Charles é um humanóide versão 3.0 do segmento que auxilia as pessoas em suas atividades profissionais.

Então é isso, até a próxima !