Lourdilene Souza

Blog pessoal

domingo, 12 de outubro de 2014

Principais Práticas das Abordagens Ágeis — Parte Final

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Olá Pessoal !

Última parte do post sobre as principais práticas das abordagens ágeis. Todas as atividades descritas até aqui, contribuem para tornar o ambiente de trabalho mais agradável e produtivo.

5.  Falhar cedo, falhar frequentemente e melhorar continuamente: As abordagens ágeis têm suas raízes na filosofia de “falhar cedo e falhar frequentemente” do Sistema Toyota de Produção. A partir da divisão do projeto em iterações curtas é possível detectar problemas e aplicar ações corretivas nestes de forma mais rápida. Sendo, portanto, muito útil em ambientes com altos níveis de incerteza, a abordagem iterativa contribui para elucidar, de forma gradativa, as reais necessidades do cliente. Outra característica de destaque de várias Metodologias Ágeis é a busca pela melhoria contínua tanto no âmbito do desenvolvimento do software quanto do processo de gerenciamento do projeto. Em virtude do processo ser flexível e adaptável, ajustes podem ocorrer  rapidamente, tornando-se mais fácil incorporar ao processo os aprendizados;

6.  Construção de Consenso: Metodologias Ágeis assentam-se na construção de consenso entre todos os membros da equipe quando uma decisão precisa ser tomada, isto representa o comprometimento da equipe com a decisão e seus resultados. Por tanto, a decisão final não reflete o desejo da maioria, e sim o comprometimento e confiança de todos os membros da equipe;

7.  Reuniões diárias: Esta técnica é bastante utilizada em várias metodologias ágeis. As reuniões diárias são rápidas e tem como propósito informar sobre o andamento do projeto a todos os membros da equipe. Essas reuniões são normalmente realizadas em pé, cada membro da equipe é convidado a apontar sua prioridade para o dia e indicar se há algum obstáculo que o impeça de concluir seu objetivo. À vista disso, essas reuniões estimulam o engajamento da equipe com o projeto e contribui para mantê-la focada em resultados, além de ser muito importante para a construção da equipe;

8.  Timeboxing: Ao invés de estabelecer a duração da iteração com base nas funcionalidades a serem implementadas (scopeboxing), a técnica de timeboxing consiste em estabelecer um comprimento fixo de tempo para a iteração e somente posteriormente definir a quantidade de funcionalidades a serem executadas neste intervalo de tempo. O conceito de timeboxing aborda duas questões comuns relacionadas à produtividade; a primeira delas é a famosa Lei de Parkinson que afirma que o trabalho se expande de modo a preencher o tempo disponível para a sua conclusão. Desta forma, determinar a quantidade de tempo necessária para a execução do trabalho contribui para eliminar possíveis desperdícios de tempo o qual pode ocorrer por exemplo na adoção de scopebox. A segunda corresponde a Síndrome do Estudante, que se refere ao fenômeno no qual muitas pessoas vão começar a aplicar-se plenamente a uma tarefa apenas no último momento possível de um prazo. Timeboxing é uma boa prática de desenvolvimento para manter um ritmo sustentável de esforço.

Até a próxima !

Referências:
SOUZA, L. S.; OLIVEIRA, S. R. B. Um Estudo Sobre a Análise das Habilidades em Gerência de Projetos Ágeis de Software. 2014. 84 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto de Ciências Exatas e Naturais, Universidade Federal do Pará, Pará.
COBB, C. G. Making Sense of Agile Project Management: Balancing Control and Agility. John Wiley & Sons, 2011.