Lourdilene Souza

Blog pessoal

domingo, 28 de setembro de 2014

Principais Práticas das Abordagens Ágeis — Parte I

Nenhum comentário
Olá Pessoal !
Estive um pouco ausente em virtude da confecção do meu TCC e outras atividades. O fato é que eu nunca escrevi tanto em tão curto intervalo de tempo, mas apesar disso, a satisfação de ver um trabalho finalizado é muito gratificante e revigorante, até gostei da adrenalina.
Com base na pesquisa realizada, a primeira parte desta postagem, apresenta alguns benefícios oriundos da aplicação de métodos ágeis e as principais práticas presentes nas abordagens ágeis.

De acordo com a pesquisa publicada pela Versionone (2013), a partir da experiência de utilização de métodos ágeis, os profissionais mencionaram 3 principais benefícios, são eles: capacidade de gerir a mudança de prioridades, produtividade e visibilidade do projeto. No geral, a categoria "visibilidade do projeto" viu o maior aumento no benefício, de 77% em 2011 para 84% em 2012.
Outra questão de grande relevância sobre a adoção de métodos ágeis está relacionada ao custo das mudanças, “Uma das características mais convincentes da abordagem ágil é sua habilidade de reduzir os custos da mudança ao longo de todo o processo de software” (PRESSMAN, 2011, p. 83).

Com relação à gestão de projetos ágeis, Cobb (2011) elenca 8 principais práticas que constituem o cerne das abordagens ágeis, são elas:
  1. Planejamento em ondas sucessivas (Rolling Wave Planning): A elaboração do planejamento é realizada de forma progressiva. A partir da divisão do projeto em iterações, um planejamento mais detalhado é realizado somente para a iteração mais próxima de ser executada. Desta forma, a maior parte do planejamento do projeto não é realizada no início, mas de forma progressiva ao longo do projeto. Esta abordagem de planejamento é também chamada de “just-in-time” e deve sempre levar em consideração os riscos associados ao adiamento do planejamento de determinados aspectos do projeto; 
  2. Colaboração com o cliente: Metodologias ágeis possuem como premissa básica a forte valorização da participação do cliente na definição e gestão dos requisitos durante todo o período de desenvolvimento do produto. A abordagem ágil considera o cliente como membro integrante da equipe do projeto e como tal, juntamente com a equipe, deve se sentir responsável pelos resultados do projeto; 
  3. Propriedade Coletiva: Em metodologias tradicionais existe a divisão formal de responsabilidades, no qual tem-se pessoas responsáveis pelo desenvolvimento, controle de qualidade, testes, dentre outras atividades e um gestor responsável por coordenar e integrar todas as atividades que são desenvolvidas ao longo do projeto. De acordo com o senso de propriedade coletiva, todos os membros da equipe são responsáveis pelos aspectos técnicos de produção do software. A função do gerente de projetos concentra-se em facilitar o trabalho da equipe, delegando responsabilidades para a mesma sempre que for necessário, de forma que a equipe se sinta habilitada e não controlada; 
  4. Enfase na validação sobre verificação: O gerenciamento de projetos tradicional foca-se em verificar se o produto gerado está em conformidade com os requisitos documentados. Na abordagem tradicional a validação do produto pelo cliente é realizada próximo da entrega, alterações do produto neste ponto são difíceis de serem incorporadas. A gestão de projetos ágeis enfatiza a entrega do produto que de fato satisfaça as necessidades do cliente por meio da validação do produto no início e durante todo o desenvolvimento do software. O cliente participa diretamente da concepção e desenvolvimento do produto à medida que o trabalho progride. Dada a característica de planejamento em ondas sucessivas, mudanças reportadas pelo cliente são mais fáceis de serem acomodadas.
O restante das práticas serão apresentadas na próxima postagem. 

Até a próxima !

Referências:
SOUZA, L. S.; OLIVEIRA, S. R. B. Um Estudo Sobre a Análise das Habilidades em Gerência de Projetos Ágeis de Software. 2014. 84 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto de Ciências Exatas e Naturais, Universidade Federal do Pará, Pará.
Versionone. 7th Annual State Of Agile Development Survey, 2013 .
PRESSMAN, R. S. Engenharia de Software: Uma Abordagem Profissional, 7 ed. McGrawHill, 2011.
COBB, C. G. Making Sense of Agile Project Management: Balancing Control and Agility. John Wiley & Sons, 2011.